Documentário feito na Comunidade Cerâmica Cil (Distrito Piauí)


(Imagem: JUFRA CerâmicaCil/PI)
A extração de argila na localidade Cerâmica CIL ao longo dos anos tem causado grandes transformações na unidade paisagística local. Tendo isso graves consequências para a natureza. A localidade  tem  sua  origem  atrelada  à  produção  ceramista,  inicialmente  com  as  olarias  nela instaladas,  e  posteriormente  com  a  introdução  do  processo  industrial  de  produção  de  telhas  e a extração da argila vermelha, mineral abundante na região, é feita por algumas cerâmicas localizadas na região. Essa é feita por maquinário que inclui tratores e caminhões. O local visitado pelos jufristas da fraternidade Santa Clara localiza-se numa área afastada das residências, que aos poucos  estão  avançando  em  direção  ao  local  em  questão. Trata-se  de  uma  área  anteriormente
revestida  por  uma  densa  vegetação  com  características  de  floresta  sen­decídua  (transição cerrado/caatinga) e cuja vegetação vem sendo retirada para que se possa fazer a extração de argila para a produção de tijolos e telhas que abastecem o mercado local e de outros estados. Apesar  de ser  de  grande  importância  para  a  geração  de  empregos  diretos  e  indiretos,  a produção ceramista  tem provocado o desgaste do solo e uma reconfiguração da paisagem do local. Toda ação antrópica sem prévio planejamento para que haja remanejo no sentido de conservar as unidades naturais explorados pode acarretar danos, por vezes irreversíveis. Na localidade Cerâmica CIL essa extração tem provocado rachaduras no solo, ravinas, que evoluem para crateras. Com o passar do tempo  as  crateras tornasse pequenos lagos nos quais depositam-­se  a  água  das  chuvas. Nestes já ocorreram acidentes fatais. Esse tipo de extração por deixar o solo exposto, ao se retirar a mata ciliar que o protege e sustenta,  desgastando  e  o  tornando  improdutivo.  Ao  longo  da  observação  do  local  pudesse perceber horizontes do solo expostos e percebeu-­se ainda uma desagregação da estrutura do solo.


Abraço Fraterno



Maria Gilvanessa Rosa de Sousa

Subsecretaria Local de DHJUPIC



(Imagem: JUFRA CerâmicaCil/PI)


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