E teve JUFRA (de bicicleta) na Mobilização Mundial do Clima 2015 em Fortaleza (CE)


No último dia 29/11, pessoas ao redor do mundo saíram de suas casas para chamar atenção dos líderes mundiais que estão reunidos em Paris para a COP21 a fim de barrarem a aceleração do Aquecimento Global.

Foto: Greenpeace 
Todos sabem que a natureza há muito tempo tem dados sinais de esgotamento: furacões cada vez mais fortes, secas e tempestades extremas, queimadas batendo recordes e tantos outros desarranjos climáticos tem se feito sentir em várias partes do mundo, colocando em risco a vida de milhões seres humanos além do risco de extinção de várias espécies da flora e da fauna. 

Contudo, a conta não chega igual para todos, os países mais prejudicados são aqueles que se encontrem na “periferia” econômica global, continentes como a África e Ásia são os que têm sofrido mais drasticamente essas mudanças provocadas pelo desenfreado lançamento de gases tóxicos à atmosfera e outras agressões à natureza. Dentre os países mais poluidores estão, justamente, àqueles que mais se “beneficiam” economicamente dos maus-tratos à Mãe Terra.


Tudo isso já nos alertado ambientalistas e recentemente o Papa Francisco (Encíclica Laudato Sí), dessa maneira, movimentos sociais, grupos, partidos políticos, ambientalistas, povos nativos, associações e demais pessoas uniram sua voz e seus passos para grande marcha pelo clima. Centenas de cidades adeririam ao movimento, dentre elas Fortaleza.

Ao cair da tarde do domingo, pessoas de diversas partes do Ceará se concentram no Centro Cultural Dragão do Mar e caminharam levando faixas, cartazes, maquetes, mas principalmente seus corpos, gritos, sonhos e denúncias para um dos cartões postais mais bonitos e explorados da cidade, a orla da Beira-Mar/Praia de Iracema.

Jufristas na Mobilização Mundial do Clima
em Fortaleza
Eram aproximadamente duas mil pessoas, segundo estimativa dos organizadores do evento, divididas em quatro alas que faziam menção aos elementos terra, água, ar e sol. Na primeira ala estavam presentes as tribos remanescentes do Ceará: Anacés, Pitaguarys, Tapebas, dentre outras. Na segunda ala, representada pela irmã água, estavam os diversos grupos e movimentos sociais, na terceira, o ar, estavam os/as ciclistas que contribuem para o ar da cidade ao trocar os automóveis por um transporte que não emite CO2, e por último, estava a ala Sol, representada pelo Movimento RUA (Juventude Anticapitalista), que foram animando a marcha com seus tambores de lata e palavras de ordem. Por fim, ainda teve uma representação/denúncia do CRIME ocorrido em Mariana/MG, com faixas e pessoas vestidas de tecido azul, representado o Rio Doce antes da lama e com tecidos marrons após a morte desse mesmo rio. 

Atual situação do Rio Doce (Foto: Divulgação)

Ao longo da caminhada, foram realizadas falas dos/das representantes de diversos movimentos, associações e comunidades nativas presentes onde se denunciavam os mais diversos crimes ambientais e sociais cometidos em nome do capital 
e o profundo desrespeito à Natureza.


Hannah Jook na Mobilização em Fortaleza

RELATO DA JUFRISTA HANNAH JOOK 


"Como Jufrista me senti muito feliz por levar o carisma franciscano a um movimento tão plural, mas ao mesmo tempo tão singular. Juntar as mãos na construção de uma “Nova Terra”, unir as vozes para denunciar as opressões, lutar lado a lado com pessoas que pensam e realizam um mundo melhor penso ser um dos ideias de vida mais bonitos de uma/um cristã(o), especialmente, quando abraçamos à causa do Pai Seráfico Francisco. Ele que via toda criação divina como irmãs e irmãos.

Apesar das dores e sofrimentos, dos desgastes físicos e emocionais, o que levo comigo após esse evento é a grande marca da ESPERANÇA! Não podemos desistir! Como foi dito por uma pessoa durante o protesto: “Não somos apenas defensores da natureza, somos a própria natureza se defendendo.”





Hannah Jook Otaviano 
Secretária Fraterna da fraternidade Aliança de Assis/ Fortaleza-CE

Letícia Lima de Araújo
Secretária Regional de Comunicação Social, Registro e Arquivo