No último dia 29/11, pessoas ao redor do mundo saíram de suas casas para chamar atenção dos líderes mundiais que estão reunidos em Paris para a COP21 a fim de barrarem a aceleração do Aquecimento Global.
![]() |
Foto: Greenpeace |
Todos sabem que a natureza há muito tempo tem dados sinais de esgotamento: furacões cada vez mais fortes, secas e tempestades extremas, queimadas batendo recordes e tantos outros desarranjos climáticos tem se feito sentir em várias partes do mundo, colocando em risco a vida de milhões seres humanos além do risco de extinção de várias espécies da flora e da fauna.
Contudo, a conta não chega igual para todos, os países mais prejudicados são aqueles que se encontrem na “periferia” econômica global, continentes como a África e Ásia são os que têm sofrido mais drasticamente essas mudanças provocadas pelo desenfreado lançamento de gases tóxicos à atmosfera e outras agressões à natureza. Dentre os países mais poluidores estão, justamente, àqueles que mais se “beneficiam” economicamente dos maus-tratos à Mãe Terra.
Tudo isso já nos alertado ambientalistas e recentemente o Papa Francisco (Encíclica Laudato Sí), dessa maneira, movimentos sociais, grupos, partidos políticos, ambientalistas, povos nativos, associações e demais pessoas uniram sua voz e seus passos para grande marcha pelo clima. Centenas de cidades adeririam ao movimento, dentre elas Fortaleza.

![]() |
Jufristas na Mobilização Mundial do Clima em Fortaleza |
Eram aproximadamente duas mil pessoas, segundo estimativa dos organizadores do evento, divididas em quatro alas que faziam menção aos elementos terra, água, ar e sol. Na primeira ala estavam presentes as tribos remanescentes do Ceará: Anacés, Pitaguarys, Tapebas, dentre outras. Na segunda ala, representada pela irmã água, estavam os diversos grupos e movimentos sociais, na terceira, o ar, estavam os/as ciclistas que contribuem para o ar da cidade ao trocar os automóveis por um transporte que não emite CO2, e por último, estava a ala Sol, representada pelo Movimento RUA (Juventude Anticapitalista), que foram animando a marcha com seus tambores de lata e palavras de ordem. Por fim, ainda teve uma representação/denúncia do CRIME ocorrido em Mariana/MG, com faixas e pessoas vestidas de tecido azul, representado o Rio Doce antes da lama e com tecidos marrons após a morte desse mesmo rio.
![]() |
Atual situação do Rio Doce (Foto: Divulgação) |
Ao longo da caminhada, foram realizadas falas dos/das representantes de diversos movimentos, associações e comunidades nativas presentes onde se denunciavam os mais diversos crimes ambientais e sociais cometidos em nome do capital
e o profundo desrespeito à Natureza.
![]() |
Hannah Jook na Mobilização em Fortaleza |
RELATO DA JUFRISTA HANNAH JOOK
"Como Jufrista me senti muito feliz por levar o carisma franciscano a um movimento tão plural, mas ao mesmo tempo tão singular. Juntar as mãos na construção de uma “Nova Terra”, unir as vozes para denunciar as opressões, lutar lado a lado com pessoas que pensam e realizam um mundo melhor penso ser um dos ideias de vida mais bonitos de uma/um cristã(o), especialmente, quando abraçamos à causa do Pai Seráfico Francisco. Ele que via toda criação divina como irmãs e irmãos.
Apesar das dores e sofrimentos, dos desgastes físicos e emocionais, o que levo comigo após esse evento é a grande marca da ESPERANÇA! Não podemos desistir! Como foi dito por uma pessoa durante o protesto: “Não somos apenas defensores da natureza, somos a própria natureza se defendendo.”
Hannah Jook Otaviano
Secretária Fraterna da fraternidade Aliança de Assis/ Fortaleza-CE
Letícia Lima de Araújo
Secretária Regional de Comunicação Social, Registro e Arquivo