Bem-aventurada a que acreditou (Lucas 1, 45)
Olá irmãos/as da JUFRA do Ceará e
Piauí,
PAZ E BEM!
Ano passado nesta mesma
data lançamos no nosso regional uma maravilhosa carta aberta em ocasião ao
dia da mulher, e nela conseguimos entender mais o contexto histórico, falamos
sobre Cristo, realidade social e muito mais, enfim foi uma carta em que nós
conseguimos refletir sobre as mulheres, e esse ano, que é Mariano,
resolvemos falar um pouco sobre essa grande mulher, Maria.
Maria, como sabemos,
foi uma mulher corajosa, a frente do seu tempo, uma mulher fora do comum, que
apesar de todos os medos aceitou uma grande missão. Nela, segundo Leonardo
Boff¹, o feminino “foi divinizado pelo Espírito Santo”.
Maria, ainda jovem,
concebeu Jesus e passou por diversos problemas, como de ser julgada e as
perseguições, porém, mesmo com isso tudo foi uma mulher simples, do povo e
sensível às necessidades dos pobres².
Aceitando o propósito
de Deus se fez modelo de fé, como citou o Papa Francisco³, pois “não só porque,
como judia, esperava o redentor, e, com seu sim, aderiu ao projeto de Deus, mas
porque, desde aquele momento da vida, ela se centrou em Jesus”. Ela seguiu
Jesus até a hora da sua morte na cruz, não só como mãe, mas também como serva,
se tornando a primeira discípula.
Ainda como exemplo vivo
de amor, colocou em pratica o proposito divino, sendo escolhida e predestinada
por um ato do amor eterno de Deus⁴, ela foi agraciada com amor único.
De acordo com Boff, “por
Maria Deus mostrou que além de ser Deus-Pai é também Deus-Mãe com as
características do feminino” e chamou-a de “porção feminina de Deus”, pois ela
deu o seu sim e o Espirito Santo fica e não a deixa, se encarnando e, assim, o Espírito
foi “feminilizado”. Por isso devemos entender que Maria é uma porta para o céu,
e devemos ser como ela, confiantes perseverantes, o feminino do que é sagrado.
Nós, mulheres, devemos
lembrar de Maria nesse nosso dia, como um exemplo de ousadia, determinação e
força. E como tal não pensarmos só em nós mesmas na luta pelos direitos, mas
abramos os olhos “a dolorosa situação de tantas mulheres pobres, obrigadas a
viver em condições de perigo, de exploração, relegadas às margens das
sociedades e vítimas de uma cultura do descartável”⁵, que possamos ser unas
e caminharmos a exemplo de Maria, como a “feminilização” de Deus.
Fraternalmente,
Mayra Caroliny de Oliveira Santos, JUFRA
Secretária Regional de
DHJUPIC
Regional JUFRA NE A2
CE/PI
Fraternidade N. Sr.ª das
Graças, Floriano/PI
¹Leonardo Boff. O rosto materno de Deus, Vozes 1999.
A porção feminina de Deus. Disponível em:
https://leonardoboff.wordpress.com/2014/08/30/a-porcao-feminina-de-deus/.
²Jesus Espeja. Maria de
Nazaré, quem é esta Mulher? Disponível em: http://www.franciscanos.org.br/?p=15668
³ Papa Francisco.
Catequese, refletindo sobe Maria como modelo da “Igreja na ordem da fé, da
caridade e da união perfeita com Cristo. http://www.franciscanos.org.br/?p=47900
⁴ FRANCISCO FAUS. 1987. Maria, a mãe de Deus. Quadrante,
Sociedade de Publicações Culturais. São Paulo.
⁵ Papa
Francisco. Discurso do Papa aos participantes na Plenária do Pontifício
Conselho para a Cultura. Disponível em: http://pt.radiovaticana.va/news/2015/02/07/papa_mais_espa%C3%A7o_para_as_mulheres_na_igreja_e_na_sociedade/1122090