Dia
25 de julho foi instituído como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino
Americana e Caribenha, A data foi criada em 25 de julho de
1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e
Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, como marco
internacional da luta e da resistência da mulher negra.
No
Brasil, a data também marca a luta das mulheres negras e homenageia Tereza de
Benguela, uma importante líder quilombola do século XVIII, que após a morte do
seu marido liderou a resistência e a organização do quilombo até 1770, quando a comunidade foi destruída e a
rainha aprisionada e morta.
Entretanto,
o que essa data nos provoca é a intensa e necessária reflexão diária sobre o
papel das mulheres negras no imenso continente latino-americano e caribenho,
não apenas no passado, mas no dia-a-dia, do campo à cidade e sobretudo, nas
periferias.
São
essas mulheres as maiores vítimas de violências sexuais, obstétricas e físicas.
Grande parte não tem acesso à educação e saúde adequadas, são chefes de
famílias e recebem salários inferiores às mulheres brancas.
Por
isso, é tão necessário fazer do dia 25 de julho uma data de luta pela
visibilidade das mulheres negras nesses espaços, reafirmar as identidades
culturais, religiosas, sociais e políticas desses sujeitos. Lutar pela
diginidade das mulheres negras latinoamericanas e caribenhas é a grande
mensagem do dia 25 de julho mas que não se esgota nele.
Que
possamos sentir a força das nossas ancestrais e fazer desse solo sagrado das
Américas, nossa “Pachamama”, uma terra fértil para nossas resistências frente
ao poder que nos mata e nos oprime.
Todo
poder às mulheres negras!
Salve,
Dandara!
Salve,
Tereza de Benguela!
Salve,
Carolina de Jesus!
Salve,
Negra Mariama!