Chegou mais um dia 19/03, o coração do/a cearense se enche de
alegria e esperança. Os olhos fitam o céu a espera dos primeiros sinais de
chuva, a alegria desse povo. Do que adianta as ciências explicarem com seus
vocabulários difíceis que as chuvas de março se devem a inúmeras variáveis
climáticas? Para nós, filhos e filhas dessa terra, é em São José que
depositamos nossa última esperança de um bom inverno.
Não vim aqui escrever sobre uma visão “teológica” de São José, vim tecer uma singela homenagem afetiva e efetiva a esse Santo tão presente no cotidiano sertanejo cearense. O santo que nos permeia, do simples agricultor ao operário urbano. Temos em José a identificação do trabalhador rural que espera as primeiras chuvas pra trabalhar em seu roçado e também o desempregado que confia nele para conseguir um emprego, temos em José a confiança do “compadre” que entende o sacrifício de criar os filhos, nas mães que homenagem o Santo batizando suas crianças com o nome do carpinteiro da Galileia.
Não vim aqui escrever sobre uma visão “teológica” de São José, vim tecer uma singela homenagem afetiva e efetiva a esse Santo tão presente no cotidiano sertanejo cearense. O santo que nos permeia, do simples agricultor ao operário urbano. Temos em José a identificação do trabalhador rural que espera as primeiras chuvas pra trabalhar em seu roçado e também o desempregado que confia nele para conseguir um emprego, temos em José a confiança do “compadre” que entende o sacrifício de criar os filhos, nas mães que homenagem o Santo batizando suas crianças com o nome do carpinteiro da Galileia.
José poderia ser qualquer um de
nos, da classe trabalhadora, desprovido de privilégios, que acorda cedo pra
pegar a condução ou que se preocupa se vai ter inverno pra fazer brotar seu
milho e feijão, José juntamente com tantas Marias, é o homem que entende o
valor da presença da figura paterna e não abandona a companheira grávida, como
tantos homens fazem (desde sempre).
Jose é o homem que aprendeu que a
mulher também pode ser protagonista da sua historia e tomar suas decisões e ele
estará lá para apoia-la e não tentar boicota-la por ciúmes ou inseguranças. José
é o rapaz rústico, sem muito estudo, mas que traz a sabedoria da vida.
José é aquele que acredita, mesmo
com medo. José é aquele que não busca o protagonismo, mas que com seu trabalho constrói
um mundo melhor. Dom Pedro Casaldaliga, um dos poucos bispos profetas que temos
na atualidade, diz que: “no ventre de Maria, Deus se fez homem e na oficina de
José, Ele se fez classe”.
De tão presente que Jose está no
nosso cotidiano, pode ser que às vezes não nos demos conta da sua importância, por
isso, hoje, meu querido José, te agradeço por olhar sempre por nós! Que não nos falte chuva e que não nos falte
amor. Que possamos aprender contigo, a embalar os menores dentre nós e nos
fortalecer na caminhada de uma Igreja verdadeiramente pobre e para os pobres,
que nunca nos falte o pão, que aprendamos contigo, como Jesus aprendeu.
Que São José abençoe todo o Ceará
e seus filhos e filhas.
Hannah Jook Otaviano
Cearense
Secretaria de formação JUFRA NE A2
CE/PI