Olá irmãs
e irmãos, paz e bem!
Dando
continuidade a sequência de textos em celebração/comemoração/conscientização,
iniciado na semana do meio ambiente, iremos apresentar hoje o texto 2, para que
possa ser um ponta pé para discussão em fraternidade. Vamos lá?
Texto 2. Crise Ecologia
Analisando toda a ameaça e o já se perdeu de biodiversidade, podemos,
obviamente, notar que a natureza tem limites, que até recursos considerados
renováveis como a água, estão sofrendo mudanças intensas, como a própria perda
da qualidade da água para consumo.
Outrora se pensava que a Terra era inesgotável em seus recursos¹,
pensamento incorreto, que coloca a ilusão que se pode fazer de tudo.
Podemos afirmar que o “modelo econômico atual
agride fortemente a vida neste planeta”, que além de desgastar a sociedade,
prejudica toda a natureza.
Para Frei Nilo Agostini² a busca desenfreada do
lucro, levou a uma sede voraz de posse sobre a limitada natureza, hoje com
sinais de depredação comprometedores. Concordando, Leonardo Boff discorre em
seu livro ecologia: Grito da Terra, grito dos pobres, que o modelo escolhido
pela sociedade é acumular grande meios de vida, de riqueza material, bens e
serviços. E completa que o efeito final é este agora visível a todos, a crise
ecológica.
O próprio Papa Francisco³ na sua carta encíclica
coloca que “para nada serviria descrever os sintomas, se não reconhecêssemos a
raiz humana da crise ecológica”. O Papa
esclarece esse modo “desordenado” da ação do ser humano, que é contraria a realidade do
planeta.
Os recursos da natureza estão se esgotando, milhões
de espécies estão desaparecendo pela interferência do ser humano na criação, e
com isso tudo não podemos deixar de levar em conta que é o pobre que sofre grandes
impactos com toda deterioração que esse modelo de vida escolhido pela sociedade
causa.
Ainda segundo Boff, 1 bilhão de pessoas vivem em
estado de pobreza absoluta, três bilhões têm alimentação insuficiente, 60
milhões morrem anualmente de fome e 14 milhões de jovens morrem em
consequências das doenças da fome.
Um
exemplo de como os pobres são afetados começa pela poluição da atmosfera como
Papa em sua encíclica Laudato Si’ demonstra que há efeito “sobre a saúde
particularmente dos mais pobres, e provocam milhões de mortes prematuras.
Adoecem, por exemplo, por causa da inalação de elevadas quantidades de fumo
produzido pelos combustíveis utilizados para cozinhar ou aquecer-se. Outro
exemplo evidenciado pelo Papa Francisco, é abundância de água para alguns e
outros (a grande população) sofre pela escassez, “um problema particularmente
sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa
muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a
água, incluindo as causadas por microrganismos e substâncias químicas. A
diarreia e a cólera, devidas a serviços de higiene e reservas de água
inadequados, constituem um fator significativo de sofrimento e mortalidade
infantil”.
Com
isso, devemos revisar os valores impostos pela sociedade, devemos mudar
hábitos, antes que a situação agrida ainda mais os pobres e a natureza. Devemos
começar uma conversão ecológica.
E aí fraternidade?
Ponta pé dado nesse segundo texto, agora podemos conversar em fraternidade,
procurar novas fontes e falar com nossos irmãos, familiares, sociedade.
OBJETIVOS DO PROJETO “JUFRA PELA CRIAÇÃO”
A partir
do documento Luzes para a Juventude:
Reforçar
a coerência com o estilo de vida condizente com a prática do Evangelho;
Estabelecer
e articular parcerias com movimentos sociais, ONGs, órgãos públicos, articulações
populares, pastorais sociais e entidades afins;
Discussão e envolvimento nas realidades hídricas do
Brasil;
Engajamento na luta por políticas públicas para a
juventude;
Engajamento na luta contra a violência e o
extermínio da juventude;
Estímulo a práticas ecológicas e parcerias com
iniciativas socioambientais.
Promover e acompanhar ações ligadas ao saneamento
básico.
Promover o engajamento das fraternidades nas lutas
dos povos e comunidades tradicionais;
Estudo e prática da Encíclica Laudato Si’.
METODOLOGIA
Será
apresentado textos que abordam, em âmbito geral, ecologia integral para o Regional, para que possamos contextualizar e aproximar os secretários
locais de DHJUPIC bem como as fraternidades sobre o tema.
Animando,
assim, os secretários locais de DHJUPIC para discutir sobre realidade com os
irmãos em fraternidade. Buscando responder questões simples, que podem
proporcionar debates e ideias concretas, como:
§ Como está
o ambiente em que vivo?
§ O que
posso fazer para contribuir para a conversão ecológica onde vivo?
§ Quais os
focos principais de poluição e degradação da biodiversidade da minha cidade?
§ Qual o
apelo mais forte da minha fraternidade?
§ Como
posso fazer funcionar a Ecologia Integral no meu contexto de vida?
§ Como
articular parcerias?
RESULTADOS ESPERADOS
A partir
de todo o conteúdo abordado, espera-se que as fraternidades do Regional NE A2
CE/PI tenham se motivado a trabalhar em busca da Ecologia Integral, caminhando
através dos passos de Francisco e Clara uma comunhão com a natureza. E que a
vontade de trabalhar a partir da cooperatividade com outros movimentos cresça e
floresça.
Fraternalmente,
Mayra
Caroliny de Oliveira Santos, JUFRA
Secretária Regional de DHJUPIC
Regional JUFRA NE A2 CE/PI
Fraternidade N. Sr.ª das Graças,
Floriano/PI
REFERENCIAS:
1.
Boff, Leonardo. Ecologia: Grito da terra, grito dos
pobres. Editora Sextanta, 2004.Rio de Janeiro.
2.
Agostini, Nilo. A Crise Ecológica: O Ser Humano em
Questão: Atualidade da Proposta Franciscana. Texto publicado em Alberto da
Silva Moreira (Org.). Herança Franciscana: Festschrift para Simão Voigt.
Petrópolis: Editora Vozes, 1996, p. 223-255.
3.
Carta Encíclica do Sumo Pontífice
Francisco. 2015. Lautado Si’: Sobre o cuidado da casa comum. Editora Paulus.